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MP investiga prefeito que vetou festival LGBT+ em Santa Catarina

O prefeito de Rio do Sul (SC), José Thomé, passou a responder por censura, homotransfobia e violação do princípio da laicidade do estado



O prefeito alegou 'respeito aos princípios cristãos e no que está na Bíblia' no veto ao festival | Imagens - Instagram

O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) abriu um inquérito para investigar o prefeito de Rio do Sul (SC), José Thomé (PSD), após o chefe municipal vetar a realização de um festival de cinema com temática LGBTQIA+ que estava programado para ocorrer entre os dias 27 e 28 de março.

A denúncia ao MP foi realizada pelo vereador suplente de Florianópolis, Leonel Camasão Cordeiro (Psol). O prefeito responde por censura, homotransfobia e rompimento do princípio da laicidade do Estado.

Em áudio enviado a secretários, o prefeito chama a situação de “absurdo”, questionando “como é que o governo do Estado financia esse tipo de circuito por Santa Catarina”, se referindo ao festival.

Em vídeo publicado no Instagram, o prefeito também comentou o caso, e afirmou que o evento não aconteceu por “respeito aos princípios cristãos, ao que está escrito na Bíblia”.

O festival Transforma contava com apoio financeiro do governo estadual e promoveria mostras de cinema LGBTQIA+, além de uma oficina de produção cultural. Após tomarem conhecimento do veto, os organizadores cancelaram o evento e, em comunicado oficial, denunciaram a censura promovida pela prefeitura.

O evento faria parte da 5ª Mostra Trans de Cinema e Diversidade, projeto que foi aprovado pela Lei de Cultura Estadual de Santa Catarina. A iniciativa foi criada pela produtora Bapho Cultural em parceria com a Associação em Defesa dos Direitos Humanos com Enfoque na Sexualidade.


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